Toy Story 3 | Adeus, infância!


Promo do filme animado Toy Story 3
É difícil identificar o período exato quando deixamos de ser criança, viramos adolescente e, em seguida, passamos a fase adulta da vida. Mesmo parando anos depois, e olhando novamente, isso não é uma tarefa fácil.

Em 1995, eu tinha dez anos e fui ao cinema assistir Toy Story. Lembro-me do meu fascínio com aquele universo de brinquedos tomando vida pelas costas dos humanos e imaginei o mesmo acontecendo com os meus.

Quinze anos depois, já crescido, levei meus filhos para assistir TOY STORY 3 e quase chorei no final. Entrando na faculdade, Andy doa seus brinquedos para a pequena Bonnie e vai embora, não sem antes brincar uma última vez.

Esta Observação aponta as mudanças ao longo dos anos entre os personagens animados.

OLHE, PORQUINHO, EU SOU O PICASSO!
Capa do filme animado Cassiopéia
Quando o primeiro filme da futura trilogia surgiu existiam muitas novidades nele:
- Primeiro filme em 3D a ser lançado:
Ainda que exista polêmica sobre quem – Cassiopéia ou Toy Story – começou a ser produzido primeiro ou mesmo sobre os métodos de produção que classifiquem um ou outro como o pioneiro, o fato é que foi o filme da Pixar quem chegou primeiro aos cinemas.

Capa do filme animado A Bela e a Fera, da Disney- Quebra no paradigma das histórias da Disney:
Toy Story foi o primeiro longa-metragem da Pixar e o primeiro também sob a chancela da gigante de entretenimento. Durante os anos 1990, a Disney entrou em ascendente com uma ideia de roteiro semelhantes e assim levaram aos cinemas uma sequência de sucessos: A Pequena Sereia (1989), A Bela e a Fera (1991), Aladdin (1992), O Rei Leão (1994). Não foi exatamente Toy Story quem levou a derrocada da Disney no segmento no fim da década, mas sua inovação com o 3D e histórias criativas levaram o estúdio a repensar sua forma de produzir animações (não à toa, a Disney acabou anos depois comprando a própria Pixar).

- Influências de outras artes:
Cena do filme animado Toy Story 1A frase utilizada como título deste tópico ilustra bem esta questão. Dita pelo Sr. Cabeça de Batata para o Porco cofrinho que apenas responde “Hã, não entendi!” e dá as costas. O outro em seguida rebate “seu porco sem cultura!”. Era um convite a prestarmos atenção aos detalhes do filme. A moda também é bastante citada na trilogia, mas principalmente nos dois últimos com a personagem Barbie. O sucesso neste sentido foi tanto que outros filmes – mesmo de outros estúdios – usaram do mesmo artifício, como Shrek com os contos de fada e Detona Ralph com o mundo dos vídeos-game.

TEM UMA COBRA NA MINHA BOTA!

A maior novidade, entretanto, não estava em nenhum elemento comentado acima. A jogada genial, ainda pouco testada na animação, foi colocar o vilão como ninguém menos que o Tempo!

O primeiro filme tem aquela história que a maior parte dos leitores de quadrinhos de super-heróis conhece. Heróis se conhecem, desgostam um do outro, brigam e depois ficam amigos contra um mal comum (aqui, as vilanias de Sid contra os brinquedos). Neste filme é possível ver o nascimento do vilão Tempo, mostrando como a vida de um boneco é complicada pela mudança dos gostos ao longo do tempo (de um de pano para um cheio de botões eletrônicos).

Pete Fedido, personagem do filme animado Toy Story 2O segundo filme tenta inovar ao criar um vilão físico (ou dois, o boneco Pete Fedido e o colecionador de brinquedos, Al). O próprio Pete nos apresenta o vilão-mor cada vez maior, contando sua história de nunca ter saído da embalagem. Mas é a cowgirl Jessie quem amplia a fatia de drama, narrando que foi abandonada após que sua dona cresceu. Mostrando que este é o mesmo futuro que os protagonistas terão.

O terceiro filme já tem o vilão Tempo bem definido. A cena de abertura é genial para demonstrar como aquelas brincadeiras funcionavam na cabeça do pequeno Andy, mas logo somos jogados no período atual, onde ele cresceu e vai para a faculdade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Toy Story é genial por vários motivos e ficará marcado na história da animação por outros tantos. Mas uma curiosidade marca especialmente o terceiro filme. Assim como os demais, ele foi produzido para o público infantil, o que não tira os méritos dele e não deixa a desejar nada para um adulto que o assista. Mas a essência dele é infantil. No entanto, os últimos minutos muitas crianças não entenderão.

Quem já cresceu ou cresceu assistindo os três filmes entende a mensagem do final. O mais curioso é que ele foi feito de tal maneira que, assistido daqui há dez anos pelas crianças de hoje, passará a ser entendido por elas já jovens/adultas. É uma magia que poucos conseguem fazer como a Pixar e a Disney, transformar filmes/animações em obras eternas.

Confira o trailer do filme:

Cena do filme animado Toy Story 3TOY STORY 3
Estúdio: Pixar
País de origem: Estados Unidos
Ano de lançamento: 2010
Elenco: Tom Hanks (Woody), Tim Allen (Buzz Lightyear), Joan Cusack (Jessie), Michael Keaton (Ken)
Roteiro: Michael Arndt
Direção: Lee Unkrich


Textos da série especial Memórias:
Demolidor - Diabo da Guarda - Toy Story 3 - O Corvo - Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças

2 comentários:

  1. Mas o que uma bela história, que 10 anos de idade gostei, minha pequena gostei e tenho certeza que assim como milhões de pessoas. Para mim, foi inesquecível e maravilhoso, acho que a espera valeu a pena, sem dúvida que Toy Story 3 é um dos filmes infantis que marcaram jovens e velhos, uma mistura com alguma emoção foram a combinação perfeita para não apenas entreter o público, mas também para cativar. Ótimo, ótimo filme que não me canso de dizer isso.

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    Respostas
    1. Sem sombra de dúvidas, Sofia. Um ótimo filme! Obrigado pelo comentário. Abraços.

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